Finança Econômica

Aqui você encontra diversas possibilidades de crédito.

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A reorganização financeira precisa ser um projeto para todos da família.

Unifique todos os gastos familiares

A reorganização financeira precisa ser um projeto para todos da família. Afinal, os gastos domésticos são feitos para o benefício de todos da casa. Mesmo as crianças precisam ser acolhidas nesse planejamento.

É verdade que, dependendo da idade dos filhos, é necessário pensar na forma de abordar o assunto, mas eles não podem ser excluídos, uma vez que saber como lidar com dinheiro também faz parte do desenvolvimento dos pequenos.

Dessa forma, cada um poderá contribuir para reduzir os custos e dar sugestões sobre como os recursos da família podem ser melhor aproveitados.

Além disso, fica mais fácil exigir uma postura consciente em relação aos gastos se todos estão a par da situação financeira da família.

Entenda para onde está indo a maior parte do dinheiro

O segundo passo busca entender as dívidas e as despesas da casa a fim de descobrir para onde o dinheiro está indo. Muitos não sabem por que o dinheiro não dura até o fim do mês. Isso ocorre tanto pela falta de planejamento quanto pela ausência de registros.

Assim, para descobrir o fluxo do seu orçamento, coloque tudo por escrito. Liste todas as despesas fixas e variáveis que aparecem ao longo do mês. Nada de anotar somente os gastos maiores, como aluguel, contas de luz, água, internet e compras do mercado.

As pequenas saídas não planejadas, como alimentação fora de casa, cafezinhos, pequenos presentes e serviços de cuidados pessoais (manicure e barbeiro, por exemplo), também devem entrar. Se não fizer isso, seu orçamento será um balde com pequenos furos: a água seca, mesmo escoando devagar.

Outro motivo importante para considerar todos os pequenos gastos ainda na fase de planejamento é que, muitas vezes, montamos um orçamento ideal, bem enxuto, e não inserimos coisas que não julgamos, na hora, como necessidade.

Mas, ao longo do mês, vai bater a vontade de comprar uma pizza com a família, dar um presentinho e satisfazer muitos outros mimos.

Embora tenhamos de definir um limite para esses gastos, eles precisam ser previstos. Assim, nosso orçamento vai ser mais flexível, e a probabilidade de obedecermos ao que foi planejado vai ser muito maior.

Mas não paramos por aqui. Para entender realmente para onde vai o dinheiro, é preciso continuar anotando os gastos durante o mês e avaliar com certa frequência se estamos seguindo o planejado.

Para fazer essas anotações, alguns gostam de usar um caderninho, uma planilha eletrônica ou mesmo um aplicativo mobile, que está sempre à mão.

Faça um plano de contingência

Contingência parece uma palavra empresarial, não é verdade? Mas essa é a ideia mesmo. Assim como uma corporação se prepara para emergências, caso as coisas não deem certo ou imprevistos ocorram, sua família precisa tentar prever cenários adversos e pensar em saídas possíveis.

Financeiramente falando, a principal forma de fazer isso é montando uma reserva de emergência. Se não houver nenhum outro caminho, você terá dinheiro para lidar com as despesas familiares. Porém, quanto é necessário? Isso depende.

Muitos especialistas recomendam uma média que varia entre 6 a 12 vezes o valor da sua renda. Assim, você terá recursos suficientes para arcar com seus gastos por quase um ano. Esse é um cenário ideal, não é verdade?

“Está bem. Mas estamos entrando em uma crise econômica. Como montar uma reserva financeira?”. Se você pensou nisso, tem motivos para estar preocupado. Mas saiba que, mesmo assim, é possível.

Existem algumas táticas financeiras conhecidas como “orçamento de guerra” que podem ser de ajuda. A ideia é reduzir ao máximo o custo de vida, tirando tudo o que não for necessário. Dessa forma, vai sobrar um pouco mais no seu orçamento para reservar a cada mês.

Existem também algumas iniciativas do governo nesse momento de crise que você pode e deve aproveitar, caso tenha direito.

Por exemplo, alguns trabalhadores autônomos com renda familiar igual ou menor de 3 salários mínimos podem receber um auxílio emergencial de 3 parcelas de R$ 600. Só aí já seriam R$ 1.800 para começar sua reserva.

Não contraia novas dívidas

Corra de novas dívidas! Pegar empréstimos, fazer parcelamentos no cartão de crédito e usar o cheque especial podem representar um grande problema para o orçamento familiar.

Muitas dessas dívidas são geradas por impulsos. Nesse momento de crise, isso pode ser um perigo em potencial. Afinal, as pessoas ficam com o emocional abalado, ansiosas e estressadas. Algumas delas descontam esses sentimentos nas compras, tentando satisfazer necessidades artificiais.

Por isso, é importante programar as aquisições com consciência e em família. Ao conversar com seu marido, esposa ou com seus pais, talvez você perceba que o seu desejo era apenas um sentimento temporário.

Outra dica é usar uma lista de itens ao sair para fazer compras no supermercado. Isso ajuda a manter foco no que é necessário e evita aumentar as despesas.

Renegocie dívidas

Ao passo que você evita contrair novas dívidas para reorganizar finanças, é importante pensar no que fazer do endividamento pessoal.

Aqui, é necessário saber dar prioridade àquelas contas com juros mais elevados. Afinal, com o tempo, elas ficam ainda mais pesadas.

Então, não se perca nas datas, porque o atraso de um dia após o vencimento já é suficiente para incidir multas e juros. Por isso, alguns gostam de configurar algumas contas fixas no débito automático para não dar margem ao esquecimento.

Se honrar com as dívidas neste momento de crise está comprometendo as necessidades da família, você pode aproveitar algumas medidas econômicas tomadas pelo governo nesta pandemia.

Como existem muitos projetos ainda em tramitação, vale entrar em contato com a instituição financeira para conferir seus direitos e tentar uma renegociação.

Pesquise antes de comprar

Mesmo em crise, compras sempre serão necessárias. Mas faça valer seu dinheiro. Pesquisar preços pode trazer uma economia surpreendente para o bolso. E essa não é uma tarefa muito difícil. Veja algumas dicas que vão ajudar você a conseguir o melhor preço:

• controle a emoção para alcançar o melhor custo-benefício. Se aceitar a primeira oferta que encontrar, provavelmente vai pagar mais caro;

• negocie sempre. Lembre-se de que o vendedor sempre dará um preço inicial com bastante margem para desconto. Se você não pedir, ele não vai dá-lo;

• use ferramentas na internet que ajudam a encontrar o melhor preço — o Zoom, o Buscapé e o próprio buscador do Google na aba “Shopping” são ótimas opções. Alguns desses sites permitem que você cadastre seu e-mail para informar quando o preço estiver na faixa desejada;

• busque cupons de desconto. Acredite: dependendo do valor do produto, a economia facilmente ultrapassa os R$ 150. Alguns dos principais portais que reúnem cupons de diversas lojas são o Cuponomia e o Cuponeria;

• não se esqueça do frete, pois o serviço pode encarecer bastante o valor final do produto. Se você procurar bem, é bem provável que encontre opções gratuitas ou mais baratas.

Existem muitos caminhos para você economizar nas compras e controlar os gastos pessoais. Então, seja um consumidor consciente e pesquisador.

Encontre formas de renda extra

Se você já economizou no que foi possível e ainda assim está com o orçamento apertado, outro caminho pode ser aumentar o volume de dinheiro que entra.

E nem sempre é necessário encontrar outro emprego — afinal, para muitos, manter-se na vaga atual já está bem complicado. Então, quais são as opções? Vamos às dicas!

Tem um carro? Então, alugue-o

O aluguel de carros é uma forma bem interessante de monetizar um veículo que talvez esteja parado na garagem. Você pode procurar por empresas sérias que fazem essa intermediação, para que tudo seja feito de forma segura.

Cuide de animais domésticos

Muitos amam cuidar de animais de estimação. Se esse é seu caso, você vai adorar ganhar uma renda extra para hospedar os bichanos. Existem algumas plataformas, como o DogHero, que conectam os donos aos hóspedes. É bem tranquilo.

Dê aulas

Se você tem uma habilidade especial, então não perca essa oportunidade. As possibilidades são diversas: idiomas, violão, culinária, costura, pintura, mecânica e muito mais.

Com um pouco mais de criatividade, você pensa em muitas outras formas de encontrar renda extra e, assim, reorganizar finanças com maior facilidade.

Os principais vilões da organização financeira

Agora é o momento de darmos alguns alertas importantes. Alguns se esforçam para planejar o orçamento familiar, mas acabam dando um tiro no próprio pé com maus hábitos, decisões equivocadas e ciladas do mercado. Quer saber quais são?

Saiba por que reorganizar finanças nesse momento

Gastos automáticos do cartão de crédito

Os gastos automáticos são aquelas assinaturas fixas que fazem o débito mensal em nossa fatura do cartão de crédito. Entram na lista:

• anuidade;

• assinaturas de serviços (Netflix, Spotify, Amazon Prime etc.);

• clubes de assinaturas, que fornecem produtos como bebidas, queijos e até doces;

• assinaturas de revistas e de jornais eletrônicos e físicos.

Essas despesas frequentes de produtos que, às vezes, nem usamos tanto, vão minando nossos recursos financeiros aos poucos.

Como são de baixo custo, muitas vezes o consumidor dá pouco importância. Mas se você somar o conjunto ou mesmo multiplicar por 12, fica fácil perceber o quanto poderia ter poupado em um ou dois anos.

Juros de cheque especial

O cheque especial é um empréstimo automático disponível facilmente na conta-corrente — e que tem um dos juros mais pesados do mercado.

Muitos sacam o recurso sem nem perceber, pois não há uma notificação ou aviso prévio. Então, tome cuidado! O ideal é cancelar o serviço.

Pensamento imediatista

Querer as coisas para agora pode fazer você pagar mais caro. Por exemplo, por que não juntar dinheiro para pagar à vista e assim obter um desconto vantajoso e evitar dívidas? Infelizmente, a compulsão imediatista faz a pessoa perder essa oportunidade.

Se você já caiu nessas ciladas, é sinal de que precisa mudar a forma como lida com dinheiro. Entenda melhor!

Mudando a relação com o dinheiro

Para que as finanças se mantenham organizadas de uma vez por todas, é preciso mudar a relação com o dinheiro. Então, veja 4 passos simples que consistem em perguntas importantes sobre seu dinheiro e suas prioridades!

Pergunta 1: o que é realmente mais importante para você?

O objetivo de encontrar essa resposta é fazer você pensar em suas prioridades e no que é essencial para você e sua família. Muitos tentam se dedicar a vários projetos e objetivos e acabam perdendo o foco.

Quando você conseguir responder a essa questão, será possível determinar quais gastos aproximam você dos seus sonhos.

Pergunta 2: quanto você ganha por hora?

Agora você precisa fazer um cálculo simples. Some todas as suas horas de trabalho no mês. Se você trabalha de segunda a sexta e 8 horas por dia, a conta é mais simples: 40 horas semanais x 4 = 160 horas. Basta então dividir seu salário por 160. Pronto, você tem seus rendimentos por hora.

Pergunta 3: quantas horas precisa trabalhar para pagar a despesa?

Divida o valor total da despesa pelos seus rendimentos por hora. A ideia aqui é mudar a forma de pensar os preços. Em vez de enxergar um valor em reais, você o verá em horas de trabalho.